As técnicas mais utilizadas são Inseminação artificial e Fertilização in Vitro auxiliam esses novos formatos familiares, segundo Dra. Carla Iaconelli A diversidade de famílias, hoje em dia, não é impedimento para que se tenha um filho biológico, graças ao avanço da medicina reprodutiva. Por exemplo, Ludmilla e Brunna Gonçalves se tornarão mães em breve.
A cantora e a dançarina começaram o processo de gravidez por Fertilização in Vitro nos Estados Unidos. Isso se aplica também a uma pessoa solteira, seja homem ou mulher. As técnicas mais utilizadas são a Inseminação artificial e a Fertilização in Vitro (FIV). O uso de uma ou outra vai depender de cada caso, explica a dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana.
Dra. Carla explica que, na Inseminação Artificial, a mulher é estimulada a produzir mais óvulos, com medicações específicas. Depois, o médico acompanha, por ultrassonografias, o momento no qual ela está com maior probabilidade de engravidar. É quando coloca os espermatozoides no útero, após o processamento do material.
A Especialista ainda alerta sobre os perigos da inseminação caseira com muitos riscos à saúde da mulher e a importância de fazer acompanhamento com especialista para evitar anafilaxia e doenças infecciosas. Já a Fertilização in Vitro é um procedimento bem mais complexo, mas as chances de engravidar são maiores.
A mulher também toma remédios que estimulam a produção de óvulos e o acompanhamento é feito por ultrassonografias. Na época certa, esses óvulos são retirados dos ovários após estimulação com uso de hormônios e fecundados por espermatozoides em um ambiente apropriado, no laboratório.
“Depois de formados os embriões, há uma seleção daqueles com maior probabilidade de gerarem uma gravidez. Estes são implantados no útero. Pela legislação do Conselho Federal de Medicina (CFM), é possível implantar no máximo quatro, variando de acordo com a idade da mulher, mas a tendência mundial é de se transferir um de cada vez”, ressalta a médica especialista.
Casal formado por um homem e uma mulher: são utilizados, tanto os óvulos quanto os espermatozoides, dos parceiros. Caso seja necessário, é permitido o uso de espermatozoides ou óvulos de doadores do Banco de Sêmen e de óvulos. Se a mulher não conseguir manter uma gravidez, a barriga de aluguel também é uma opção.
Casal homoafetivo, com dois homens: neste caso é necessária, obviamente, a utilização de uma “barriga de aluguel” ou, o termo técnico seria cessão temporária de útero.
Além disso, somente um deles será o pai biológico. Alguns casais preferem que os dois colham o sêmen para o tratamento. Mas no Brasil não se pode transferir dois embriões ao mesmo tempo com materiais genéticos diferentes, então pode-se fazer embriões com material genético dos dois pais mas deverão ser transferidos em gestações distintas.
Casal homoafetivo, formado por duas mulheres: são utilizados os óvulos de uma das mulheres. Os espermatozoides devem ser obtidos em um Banco de Sêmen de doador anônimo. Para que as duas participem do processo, muitas vezes decidem que os embriões com os óvulos de uma sejam implantados no útero da outra.
Mas essa decisão depende de aspectos médicos. Mãe solo: já quando se tratar de uma mulher sozinha, ela deve recorrer ao Banco de Sêmen. Se pretender ter o filho mais tarde, e já tiver mais de 30 anos, o ideal é que congele seus óvulos (ou embriões) até a utilização. Em se tratando de um homem sem parceiro, a saída é a barriga de aluguel com óvulos doados.
Casais trans: São abordagens individualizadas de acordo com cada formação, orientamos as pessoas trans a preservarem sua fertilidade antes da transição, uma vez que o uso de hormônios para a transição pode afetar a produção de espermatozoides e óvulos.
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