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O cooperativismo apresenta solução para o desenvolvimento econômico e para a redução do impacto ambiental

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Em 2023, 31,9% dos municípios brasileiros utilizavam lixões como unidade de disposição final de resíduos sólidos

Os catadores e as cooperativas de reciclagem são imprescindíveis para as questões ambientais mais urgentes na atualidade. Não pode estar à parte a participação ativa do consumidor na revalorização desses materiais, que é fundamental para reduzir impactos ecológicos. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, até 2023, 31,9% dos municípios brasileiros ainda utilizavam lixões como unidade de disposição final de resíduos sólidos. 

Esta é a pior destinação que se pode dar ao resíduo. Em 28,6%, ela era feita em aterros sanitários. Enquanto 18,7% utilizavam aterros controlados. É por isso que a sociedade, isto inclui as empresas, deve se mobilizar para que o descarte seja cada vez mais consciente.  É urgente promover a educação ambiental. A necessidade de haver políticas públicas é iminente. Só assim, a participação cidadã poderá ser incentivada quanto à gestão de resíduos e práticas sustentáveis. 

E se todo o conjunto social trabalhasse junto para conseguir um objetivo em comum? Esta é a premissa do cooperativismo. Esta é uma prática que pode mudar a maneira pela qual os negócios são percebidos e também o meio pelo qual interagimos um com o outro. Em vez de priorizar o lucro individual, o cooperativismo valoriza o bem-estar coletivo. Desta forma, cada membro tem uma voz ativa. Esta é uma postura horizontal, fazendo com que todos os integrantes se beneficiem da ação.  

Augusto Freitas, presidente executivo da Cristalcopo e fundador do projeto Recicla Junto, afirma que o cooperativismo é a única maneira pela qual o mundo sanará os problemas climáticos: “Os catadores de resíduos sólidos compõem a principal mão de obra quando o assunto é economia circular. Cada vez mais, torna-se necessário contar com os esforços individuais para que o lixo tenha uma destinação adequada. Somente com o empenho de pessoas para que cada vez mais mudemos uma circunstância que atinge todo o planeta poderemos alterar o rumo das adversidades climáticas”

A reunião de catadores de resíduos sólidos promove uma atividade que é de todos. Pensar na coletivização de certas funções é uma maneira de humanizar certas práticas, cujo principal objetivo muitas vezes é o lucro. Quando o assunto é meio ambiente, as instituições têm de dar as mãos e vestir a mesma camisa, que é a da preservação climática. O mesmo deve ocorrer individualmente. Cada um deve estar consciente de que cada passo nesse sentido é um avanço em prol de um mundo mais sustentável. 

As cooperativas de reciclagem também funcionam como propagadoras de oportunidades, gerando empregos em diversas etapas da cadeia de produção de produtos descartáveis, desde coleta e triagem até a produção de novos produtos a partir de materiais recicláveis. 

Pensando nisso, projetos como o Recicla Junto são fundamentais para promover a conscientização e a economia circular. Desde 2019, reciclaram-se mais de 400 toneladas de resíduos, que foram retirados do meio ambiente e reutilizados. 

Durante os jogos do Brasileirão no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma, o projeto, em parceria com ACAFOR (Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Forquilhinha), reciclou aproximadamente 12.848 toneladas de plástico, papel e vidro; isso representa um aumento de 35% em relação ao ano anterior. 

“O Recicla Junto busca transformar a realidade por meio do exemplo, mostrando que é possível reduzir os impactos ambientais por meio da economia circular. Nosso objetivo é promover a educação e a conscientização socioambiental, e o esporte tem se mostrado uma grande ferramenta para essa transformação”, destaca Augusto Freitas.

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O papel da educação para frear os problemas climáticos no Brasil e no mundo

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Por Rodrigo Bouyer, avaliador do INEP e sócio da Somos Young

Conforme relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), as emissões globais de CO2 (gases de efeito estufa) precisam cair 43% até 2030. Isso deve evitar um aumento na temperatura média da terra, que pode ultrapassar 1,5oC. Compara-se esta estimativa aos níveis pré-industriais de aquecimento global.

Se a meta não for atingida, os problemas quanto à biodiversidade, à segurança alimentar e hídrica, à saúde humana e à paz mundial se tornarão ainda maiores. No Brasil, há uma vasta liderança de universidades que há anos estão trabalhando com temas relacionados ao ambiente; a USP (Universidade de São Paulo), Unicamp, Puc e Mackenzie são algumas delas. Seria muito importante, contudo, que houvesse um projeto de governo que unisse o setor e nossos melhores cientistas em torno do tema. A educação é a chave para solucionar problemas contemporâneos pelo âmbito do conhecimento.

As Instituições de Ensino Superior (IES) podem propor soluções para consumo de energia, para uma produção agrícola mais ecológica, para a segurança alimentar e para a preservação dos reservatórios de água. A pesquisa é sempre mais relevante quando realizada no local de aplicação. Com países de dimensões continentais e necessidades diversas, unir cientistas de todo o Brasil em um projeto único e amplo, ajudaria a desenvolver soluções que impactem positivamente cada comunidade. É necessário que empresas, governos e diversas organizações apresentem metas inovadoras para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Assim, formam-se profissionais qualificados que podem auxiliar na produção de uma perspectiva mundial, administrando uma das maiores crises que a humanidade já enfrentou. Este ano, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) será sediada no Brasil. Percebe-se e sente-se a falta de um grupo de pensadores que possam refletir sobre tais causas em nosso território.

O mundo espera por isso. A universidade é fundamental nesse processo, afinal, não se faz uma boa política ambiental sem consenso científico; este é o meio do caminho: a princípio, há o ensino de base (essencial); depois, o científico e , por fim, a formação. Estamos às vésperas de um colapso cataclísmico sem precedentes em nossa história. Janeiro foi o mês mais quente de todos os tempos.

A universidade tem um papel de transformação, sendo detentora da autoridade para informar a sociedade, mantendo-se à frente da discussão, apontando soluções que são, hoje, necessárias para a manutenção da vida. É necessário estabelecer o enfrentamento às mudanças ambientais globais. Esta é a prioridade dos nossos tempos, que tem a capacidade de acelerar o envolvimento de todas as IES.

A ciência é o principal dínamo desta discussão, havendo uma inserção nas mudanças ambientais e na formação de todos os estudantes. Exigem-se inovação e reeducação para o futuro. Não podemos nos esquecer do que nos foi ensinado até agora.

Devemos observar a formação de profissionais como potencializadores para mitigar o impacto social em todo o mundo. É um dever humanitário preservar a própria vida, a ciência e os direitos da humanidade diante das adversidades impostas. Os indivíduos devem sair dos centros acadêmicos preparados para uma realidade, a qual, aos poucos, deixa de existir.

Precisamos reformular a forma de fazer ciência. Esta deve ser muito mais integradora, convergente e multidisciplinar. Só assim resolveremos esse problema, que é, talvez, o mais complexo da nossa história. A temática pode estar incluída em todos os currículos, afinal, precisaremos de engenheiros, arquitetos, médicos, enfermeiros que deverão transformar tal tarefa em um foco das suas carreiras.

Enfrentar a emergência climática não é uma tarefa fácil, requerendo uma abordagem interdisciplinar, multinível e com muitos atores envolvidos. Há muito trabalho a ser feito.

Portanto, deve haver a colaboração entre diferentes instituições e organizações para que haja engajamento com toda a sociedade a fim de realizar uma mudança real e duradoura para a humanidade. A lógica por detrás do nosso sistema tem de ser superada. A única maneira para que haja reformas efetivas neste âmbito é por meio do convite de toda a sociedade a um pensamento inovador e transformador.

O nascedouro de novos tempos advém de uma consciência que reflita sobre os problemas coetâneos. A educação é, como sempre, a chave para o futuro; a chave para nossa transformação política, econômica e ambiental.

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Lançamento do projeto do Museu da Polícia Ambiental em São Paulo

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A Polícia Militar Ambiental de São Paulo promoveu um evento marcante para celebrar o lançamento do projeto do Museu da Polícia Ambiental, cuja entrega está prevista para 2027. O evento, que contou com a presença de diversas personalidades, incluiu a entrega da Medalha do Cinquentenário do 1º Batalhão de Polícia Ambiental a 20 pessoas e um pocket show das cantoras do Lyras Vocal, que, acompanhadas por um pianista, interpretaram clássicos da música popular brasileira e francesa, além de uma homenagem ao Japão.


“A ideia de criar o Museu da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo nasceu da necessidade de apresentar à sociedade o trabalho essencial realizado por essa corporação, tanto para o meio ambiente como para a população, de uma forma impecável e que ainda não recebeu o merecido reconhecimento”, disse Sergio Tadeu, diretor de conteúdo da STR, um dos idealizadores do projeto. “São décadas de trabalho intenso e um rico acervo que certamente despertará o interesse de todos, além de ser um local para cursos, palestras e workshops, recebendo escolas e o público em geral. É um exemplo de sucesso na parceria público-privada, com o fundamental patrocínio da Toyota”, finaliza Sergio.


Compareceram ao evento Luis Carlos Capistrano do Amaral (gerente de assuntos governamentais) e Paulo Gomes (especialista em gestão ambiental e comunicação corporativa), representantes da Toyota, empresa patrocinadora do projeto.
A Polícia Militar Ambiental, desde 1949, desempenha um papel fundamental na proteção das riquezas naturais que muitas vezes são esquecidas. Composta pela maior força de polícia estadual voltada à proteção da natureza na América Latina, a corporação conta com 100 unidades de atendimento que abrangem 645 municípios e todo o litoral paulista.


A atuação da Polícia Ambiental se estende desde a prevenção até a aplicação de multas em casos de maus-tratos a animais, sejam domésticos, silvestres ou aquáticos. Além de agir em situações mais graves, a polícia também fornece orientações e promove a conscientização da população.


Enquanto outras forças policiais se concentram na proteção do bem individual, a Polícia Ambiental se dedica à preservação do meio ambiente, garantindo a proteção da natureza, das águas que nos abastecem e do ar que respiramos. Seu trabalho é crucial para manter o equilíbrio do ecossistema e preservar recursos naturais essenciais à sobrevivência humana.


Entre suas atribuições, a Polícia Ambiental combate o desmatamento, as queimadas, o tráfico de animais silvestres e os maus-tratos a animais domésticos. Esse esforço contínuo é um testemunho do comprometimento da corporação com a proteção da nossa fauna e flora, contribuindo para um futuro mais sustentável.


A criação do Museu da Polícia Ambiental é mais um passo nesse importante trabalho, celebrando a história e as conquistas da corporação ao longo dos anos e reforçando seu papel vital na sociedade.

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Vereadores De Salto Dão Exemplo Para Todo O Brasil

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Alguém imagina a Estância Turística de Salto sem coleta de lixo?

Em apenas sete dias, a foto mostra como seria o retrato de uma cidade com 140 mil habitantes, sem esse importante serviço.

É de conhecimento púbico que a CSO Ambiental não recebeu entre os meses de agosto e dezembro de 2024 (fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Salto), um centavo sequer pela coleta de lixo e gestão dos resíduos sólidos da cidade. Isso gerou uma dívida contábil de R$ 28,744 milhões de reais que de alguma maneira deve ser paga. Por outro lado, há rumores nos bastidores políticos, que se não houver nenhum pagamento para amortizar esse montante, a CSO Ambiental poderia interromper esse trabalho por um certo período.

Dessa forma, a mesa diretora da Câmara de Vereadores de Salto ao não dar prosseguimento à reforma do prédio destinado às novas instalações do Legislativo – Ato 2/2025 – e com uma dotação orçamentária no valor de R$ 12 milhões de reais, tomou a louvável atitude – digna de aplausos – de disponibilizar parte desse valor para a amortização de uma parte da dívida com a CSO Ambiental.

É de conhecimento público que apenas alguns dias sem a coleta de lixo e sua conseqüente e correta destinação, o impacto seria diretamente na população com doenças causadas pela falta de saneamento. Dengue, febre amarela, arboviroses, elefantíase, malária, chikungunya, giardíase, disenteria, amebíase, cólera, salmonelose, leptospirose, peste bubônica, tifo e diarreia são apenas algumas doenças causadas pela falta de limpeza pública.

Assim os vereadores Cleyton Bispo, Luiza Vidal, Chell Oliveira e Henrique Balseiros, analisando o momento econômico que a cidade atravessa, pensaram muito mais no cidadão do que na comodidade de um novo gabinete com ar condicionado para cada vereador. Com essa visão humanista, uma nova sede legislativa pode e deve ficar para um momento posterior, apesar de opiniões diversas de dois ou três vereadores que insistem em melhores condições de trabalho.

Vale então ressaltar a Estância Turística de Salto é pioneira no Brasil na gestão de resíduos prevista na Constituição Federal, levando dignidade e amplo acesso a um serviço básico e essencial ao cidadão de nossa cidade. Tudo começa com uma Parceria Público Privada (PPP) firmada em novembro de 2014, no governo Juvenil Cirelli, com a CSO Ambiental. O feito que completa neste mês, 10 anos de vigência, permitiu à cidade oferecer um serviço global de extrema importância para a qualidade de vida ao cidadão.

E como boa pratica de gestão financeira de uma cidade, honrar compromissos assumidos, mesmo não concordando, é a atitude correta a ser seguida. Ficar inadimplente não foi e nunca será a solução adequada.

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