Existem pessoas cuja trajetória nos enche de orgulho, pessoas cuja jornada conhecemos bem e que foram colocadas em posições de destaque pelo voto popular. Políticas puras e honestas são raras, mas ainda existem. Por isso, quero contar a história de uma guerreira, uma resiliente que encontrou pedras no caminho, mas não se deixou abater. Essas pedras serviram de degraus para que ela subisse e mostrasse aos inimigos que os obstáculos podem ser transformados em oportunidades para brilhar.
Início da Jornada
Numa visita a Itirapina, Bete sentiu uma conexão profunda com a natureza e a comunidade local, especialmente ao conhecer a Represa do Broa. Foi nesse momento que teve a certeza de que queria se estabelecer ali. A paixão pelo local a fez mudar-se da capital e emprestar sua formação acadêmica para contribuir para uma Itirapina melhor.
Bete é formada em Gestão Ambiental pela USP-SP, onde adquiriu conhecimentos fundamentais sobre conservação, sustentabilidade e políticas ambientais. Determinada a ampliar seu impacto, ela também cursou Gestão Pública pela Escola do Legislativo de Piracicaba. Essa formação complementar deu as ferramentas para navegar com eficácia na administração pública, entendendo as nuances das políticas públicas e da governança que hoje se aplicam no cargo que exerce, representando o povo de Itirapina. Numa inquietude constante em busca de aperfeiçoamento, atualmente cursa Ciências Políticas para completar seus conhecimentos na esfera política.
Seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da comunidade levou a se engajar em diversas iniciativas locais. Desde a implementação de políticas ambientais até a promoção de programas educacionais e sociais, Bete sempre buscou maneiras de melhorar a qualidade de vida dos moradores de Itirapina. Sua visão de um futuro mais justo e sustentável para a cidade a impulsionou a se candidatar a vereadora, onde pudesse aplicar seus conhecimentos e experiências para fazer a diferença na vida de seus concidadãos. Sua trajetória é marcada por uma combinação de paixão, dedicação e competência, que continua a inspirar e transformar a comunidade de Itirapina.
Bete do Broa: A Visionária de Itirapina
A vereadora Bete do Broa é uma presença marcante e inspirada no cenário político de Itirapina, uma verdadeira força da natureza que, com uma visão clara e ações impactantes, transformou o município. Suas realizações não refletem apenas competência e dedicação, mas também uma profunda compreensão das necessidades de sua comunidade. Sua gestão foi marcada por importantes realizações, frutos de parcerias e emendas parlamentares que viabilizaram melhorias significativas para o município, especialmente no que diz respeito à infraestrutura e ao bem-estar social.
Ah, Bete, se houvesse um prêmio Nobel para a política municipal, você já estaria na lista dos laureados!
Principais Conquistas
Durante sua última gestão, Bete conseguiu incluir Itirapina em diversos convênios do Governo do Estado, obtendo equipamentos essenciais para a infraestrutura local, como um caminhão pipa, uma retroescavadeira, uma motoniveladora, um caminhão basculante e uma caminhonete para a segurança no campo através do programa Rotas Rurais. Além disso, garantiu um carro adaptado para atender às demandas da APAE, graças a uma emenda parlamentar da Deputada Estadual Marina Helou.
Outra importante realização foi a reforma do barracão da Cooperativa dos Recicladores de Itirapina (Cooperei), viabilizada por uma emenda parlamentar do Deputado Federal Geninho Zuliani. Bete também intermediou o pagamento de serviços ambientais para os catadores de reciclagem, garantindo um salário mínimo mensal por meio de um contrato entre a Prefeitura e a Cooperei.
No campo do reconhecimento ambiental, Bete protocolou, junto com a Deputada Estadual Márcia Lia, um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para que Itirapina seja reconhecida como Capital do Cerrado Paulista. Além disso, idealizou e é autora da lei do Evento de Empoderamento da Mulher Itirapinense, que visa combater a violência de gênero e promover a igualdade.
Parceria Educacional
A vereadora também estabeleceu uma parceria com a UNICEP, garantindo 30% de desconto nas mensalidades para todos os municípios de Itirapina específicos em cursos de graduação e pós-graduação. Esta iniciativa contribuiu significativamente para a formação educacional da população local, promovendo o desenvolvimento social da cidade.
Valores e Princípios
A atuação de Bete do Broa é guiada por valores que são fundamentais para sua gestão ética e comprometida com o interesse público. Entre esses valores estão a transparência, a participação cidadã, a equidade, a justiça social, a eficiência, a responsabilidade, a sustentabilidade, a inovação, a inclusão e o bem-estar coletivo. Esses princípios são essenciais para garantir uma atuação íntegra e dedicada ao serviço dos municípios.
Transparência: Divulgação clara e acessível das decisões e dos processos políticos, permitindo o escrutínio público e a prestação de contas.
Participação Cidadã: Envolvimento ativo dos cidadãos no processo de elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas.
Equidade e Justiça Social: Promoção da igualdade de oportunidades e redução das desigualdades sociais, econômicas e regionais.
Eficiência e Eficácia: Uso racional e responsável dos recursos públicos para maximizar os benefícios e alcançar os resultados esperados.
Responsabilidade: Compromisso com a ética, a moral e a integridade na gestão pública.
Sustentabilidade: Desenvolvimento de políticas que considerem os impactos ambientais e sociais, mudando o bem-estar das gerações presentes e futuras.
Inovação: Busca por soluções criativas e novas abordagens para resolver problemas públicos e melhorar a qualidade dos serviços.
Inclusão: Garantia de que todas as vozes sejam ouvidas e consideradas, especialmente de grupos vulneráveis e marginalizados.
Legalidade: Conformidade com as leis e disposições vigentes, garantindo que todas as ações realizadas sejam realizadas dentro do marco legal.
Bem-Estar Coletivo: Foco no interesse público e na promoção do bem-estar geral da sociedade, acima de interesses individuais ou de grupos específicos.
Para completar a lista de princípios políticos da vereadora Bete do Broa, um princípio que pode ser acrescentado é:
Integridade: Manter uma postura ética e moral em todas as ações e decisões, garantindo que a política seja usada como uma ferramenta para o bem comum e não para benefícios pessoais.
Este princípio destaca ainda mais o compromisso da vereadora Bete do Broa com a moralidade e a honestidade na política, refletindo sua visão de que tudo o que é contra princípios de moral na política é inegociável.
Foco para o Próximo Mandato
Para o próximo mandato, Bete do Broa tem como foco áreas importantes para o desenvolvimento sustentável de Itirapina. Suas propostas incluem:
Infraestrutura e Transporte:
Melhorar a infraestrutura urbana, como ruas, calçadas acessíveis e iluminação pública.
Implementar um transporte público eficiente e acessível para todos os bairros da cidade.
Meio Ambiente:
Implementar políticas de sustentabilidade e conservação ambiental.
Fortalecer a coleta seletiva e a reciclagem no município.
Desenvolvimento Econômico:
Apoiar pequenas empresas e startups locais.
Atrair investimentos para bairros turísticos como Broa, Ubá e Itaquerí da Serra, criando empregos na região.
Participação e Transparência:
Manter uma comunicação aberta e transparente com os cidadãos.
Promover a participação cidadã em decisões importantes.
Cultura e Lazer:
Apoiar eventos culturais e esportivos.
Investir em espaços públicos para lazer e atividades comunitárias.
Inclusão Social:
Garantir que todas as políticas sejam inclusivas e beneficiem a diversidade da comunidade.
Promover a igualdade de oportunidades para todos os grupos sociais.
Destaque no Turismo e Conexidades
Além de suas conquistas no campo social e educacional, Bete se destaca no setor de turismo. Ela promoveu Itirapina como um destino turístico, valorizando a Represa do Broa e outras belezas naturais da região. Seu trabalho para o reconhecimento de Itirapina como Capital do Cerrado Paulista é uma prova de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a promoção do turismo.
Homenagem e honra
No dia 01 de setembro de 2023, data de seu aniversário, Bete do Broa foi homenageada na Assembleia Legislativa de São Paulo com uma medalha de honra ao mérito da Ordem dos Templários do Brasil. Este reconhecimento destaca o trabalho que ela tem desenvolvido na cidade de Itirapina, uma honra que a motiva a continuar dedicando seus esforços para o bem-estar da comunidade.
Legado e Inspiração
Bete do Broa é mais do que uma vereadora; ela é uma liderança exemplar, comprometida com o bem-estar e o progresso de Itirapina. Sua história de vida, marcada pela superação e pelo trabalho árduo, serve de inspiração para todos que acreditam em um futuro melhor e mais justo. Com uma visão clara e princípios sólidos, Bete continua a trilhar seu caminho, transformando desafios em oportunidades e fazendo a diferença na vida de todos que cruzam esta história.
É com grande entusiasmo que anunciamos a inauguração do Cachaçaria Dom Simão, um espaço que promete ser o novo ponto de encontro para os amantes de caipirinhas especiais e acepipes finos, localizado em frente à Praça da República, em São Simão. Este projeto não é apenas um bar; é uma homenagem à rica cultura brasileira, especialmente à nossa famosa cachaça.
Convidamos todos a se juntar a nós para uma celebração repleta de sabores e tradições. O evento contará com uma variedade de caipirinhas exclusivas, utilizando as melhores cachaças artesanais da região e frutas frescas da estação.
Os convidados poderão também degustar nossos acepipes selecionados, que incluem deliciosas azeitonas, frios, queijos e conservas, cuidadosamente escolhidos para harmonizar com nossas bebidas. Cada detalhe foi pensado para proporcionar uma experiência única e autêntica.
Além disso, o logotipo do Dom Simão, que remete à figura de D. Pedro II degustando uma caipirinha, simboliza a importância da cachaça na história do Brasil, ressaltando nosso orgulho como o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo.
Venha brindar conosco e descubra o sabor da tradição na cachaçaria mais charmosa de São Simão. Esperamos você para celebrar a inauguração do Cachaçaria Dom Simão, onde cada gole conta uma história e cada sabor celebra nossa cultura.
Quem Está por Trás da Cachaçaria Dom Simão
A Cachaçaria Dom Simão, localizada em frente à icônica Praça da República, em São Simão, é fruto da união de três sócios: Miriam Petrone, Claudio Petrone e Izaias Xavier. Com experiências distintas e complementares, eles trazem um projeto autêntico e sofisticado, que combina tradição, cultura e hospitalidade para valorizar o melhor da história e da gastronomia brasileira.
Miriam Petrone é uma figura de destaque no turismo e na comunicação. Jornalista, turismóloga e gastrônoma premiada, possui formação em Teologia e Ciências Políticas Públicas Integradas ao Marketing. Ao longo de sua carreira, foi a primeira mulher a presidir a ABRAJET Nacional e liderou a FIPETUR (Fórum Iberoamericano de Periodistas de Turismo), representando 12 países. Atualmente, é presidente da ABRAJET-SP e editora da revista SÃO PAULO Turismo para Todos, com grande impacto no turismo paulista e nacional. Miriam também é proprietária da Rede Boas Novas de rádio web e apresentadora na Rádio Impacto FM 98,7, que alcança nove cidades do Litoral Paulista. Seu amor pelo empreendedorismo e pela cultura brasileira encontra nova expressão na Cachaçaria Dom Simão, um espaço que celebra as tradições e a hospitalidade.
Claudio Petrone, com formações em Engenharia, Administração de Empresas e Análises de Sistemas, teve uma carreira bem-sucedida em multinacionais e se aposentou pela IBM. Após décadas no mundo corporativo, decidiu buscar um novo estilo de vida no interior. Desde sua primeira visita, São Simão conquistou seu coração, e ele encontrou na cidade o local ideal para realizar seu sonho de viver em paz e empreender. A Cachaçaria Dom Simão representa essa nova fase, onde Claudio alia sua experiência em gestão à vontade de criar um espaço acolhedor e culturalmente rico.
Izaias Xavier é um empresário dinâmico, com longa experiência no setor de transporte logístico em São Paulo, onde, ao lado de Miriam, administrou uma frota de caminhões e vans. Com o encerramento das atividades da empresa, Izaias decidiu explorar novas oportunidades e seguir um estilo de vida mais tranquilo. Também formado em Teologia, com atuação na radiodifusão e no jornalismo, ele se destacou como repórter-fotógrafo da revista SÃO PAULO Turismo para Todos, fortalecendo sua parceria com Miriam. Encantado por São Simão, Izaias encontrou na cidade o refúgio ideal para viver em harmonia e colaborar na criação de um empreendimento que combina cultura e tradição.
Com a união das habilidades de Miriam no turismo e na comunicação, a visão estratégica de Claudio e a versatilidade operacional de Izaias, a Cachaçaria Dom Simão promete ser um ponto de encontro único. Oferecendo caipirinhas exclusivas e acepipes finos, o espaço homenageia as raízes culturais brasileiras. O nome “Dom” faz referência à visita de Dom Pedro II à cidade, considerada o berço da Proclamação da República, enquanto “Simão” presta tributo ao sertanejo Simão da Silva Teixeira, uma figura emblemática da história local.
O World Cocktail Competition (WCC), o maior campeonato de coquetelaria do mundo, será realizado entre 31 de outubro e 4 de novembro de 2024, na deslumbrante Ilha da Madeira, em Portugal. O evento reunirá os melhores bartenders do planeta para eleger o melhor bartender do ano, e o Brasil estará bem representado pela Associação Brasileira de Bartenders (ABB).
Representando o Brasil: Vinicius Arguelho e Hebert Gonçalves
A delegação brasileira será liderada pelo experiente Paulo Jacovos, atual presidente da ABB e um dos mais premiados bartenders do país. Os competidores que disputarão o título nas duas categorias principais são:
Hebert Gonçalves – Categoria Flair (Estilo Livre)
Vinicius Arguelho de Sousa – Categoria Clássica (Oriental Fusion)
Tradição e crescimento da coquetelaria brasileira
Desde 1977, o Brasil participa ativamente do Campeonato Mundial de Coquetelaria, conquistando reconhecimento internacional na arte dos drinks. A ABB, fundada em 1970, tem desempenhado papel fundamental na formação de profissionais de alto nível, sendo responsável pelo único curso de bartenders do Brasil com certificação internacional, reconhecida por mais de 70 países filiados à International Bartenders Association (IBA).
Rabo de Galo: um novo marco para a cachaça brasileira
Além da participação na competição, 2024 marca uma conquista especial para o Brasil: o coquetel Rabo de Galo, feito à base de cachaça, foi inserido na lista oficial dos 101 melhores coquetéis do mundo, elaborada pela IBA. A Caipirinha, ícone nacional, já faz parte desta lista desde 2011, reforçando a importância da cachaça como um dos pilares da coquetelaria internacional.
Expectativas para o WCC 2024
O mercado de coquetelaria no Brasil continua em franca expansão, atraindo cada vez mais talentos e promovendo inovação. A ABB espera que, mais uma vez, o país brilhe no cenário global, mostrando que tradição e criatividade são ingredientes essenciais do coquetel brasileiro.
Com profissionais dedicados e drinks únicos, o Brasil promete fazer história no WCC 2024, celebrando a diversidade cultural e o sabor autêntico de seus coquetéis.
Recentemente, sofri uma experiência que me abriu os olhos para uma questão que atinge milhões de pessoas todos os dias: a discriminação. Ao frequentar um restaurante conceituado, do qual já era cliente, fui tratada com indiferença e desprezo ao mencionar o uso de um voucher, um benefício VIP oferecido por um banco. A partir desse momento, o atendimento mudou drasticamente: pressa em despachar, falta de atenção e um tratamento que me fez sentir inferior, como se não tivesse o mesmo direito de estar ali como qualquer outro cliente pagante. Foi uma experiência que me tocou profundamente e me fez refletir sobre a discriminação em várias esferas.
Ao chegarmos ao restaurante, o ambiente parecia familiar e acolhedor, como em todas as outras vezes em que estive lá. Sentei-me com meu acompanhante e fomos prontamente atendidos. Até o momento em que mencionei o voucher de cliente VIP do banco, que nos dava direito a um menu especial. O garçom, que inicialmente estava atencioso, mudou o tom. A partir dali, sentimos a pressa em “nos despachar”, embora o restaurante estivesse quase vazio. O cardápio oferecia uma pequena salada, bolinhos, o prato principal e a sobremesa, e, como desejávamos uma experiência agradável, pedimos a carta de vinhos para apreciar o jantar com mais tranquilidade.
Foi nesse ponto que a discriminação ficou evidente. O garçom sugeriu um vinho mais econômico, como se nós não tivéssemos condições de pagar por algo melhor. Ao perceber meu desconforto, ele não tentou remediar a situação. Ainda assim, permanecemos no restaurante, decididos a não deixar que a mudança de comportamento do serviço estragasse nossa noite. Quando pedimos um tempo para apreciar a entrada, também fui ignorada. Mesmo depois de pedir que os bolinhos fossem servidos frescos e quentes mais tarde, senti que havia uma urgência em nos apressar. A cortesia e a preocupação com os outros clientes contrastavam fortemente com o que estávamos recebendo.
Enquanto os garçons voltavam frequentemente às outras mesas para verificar se os clientes precisavam de algo, nós éramos praticamente invisíveis. A sensação de ser tratada como alguém que “não pertencia” àquele ambiente foi humilhante. A discriminação, embora sutil, se manifestou em cada pequeno gesto, cada olhar desinteressado, e na evidente pressa em nos ver fora do restaurante.
O prato principal, algo que eu conhecia e apreciava em outras visitas, parecia muito inferior ao que esperávamos. Além disso, senti que estavam tentando nos livrar o mais rápido possível, trocando os pratos com uma rapidez inusitada, como se quisessem que partíssemos logo. A discriminação estava clara e, embora eu já tivesse vivido experiências em restaurantes de alto nível, essa foi marcada por um atendimento que nos fez sentir diferentes, inferiores.
A situação atingiu seu ápice no momento de pagar. Fomos cobrados os 10% de serviço sobre o valor do voucher, algo com o qual não concordei, principalmente pelo péssimo atendimento. Argumentei que não deveria pagar pelo serviço, já que ele havia sido abaixo do esperado e até mesmo humilhante. O garçom chamou o gerente, que explicou que estavam em processo de encerrar o convênio com o banco e que nos atenderam por “consideração”. Ao ouvir isso, perguntei: “E se fosse só pelo banco, como teria sido o tratamento?”
A resposta implícita foi clara e dolorosa: se não fosse pelo voucher, não seríamos tratados como clientes regulares. Foi nessa hora que percebi o quão profundamente a discriminação pode ser invisível aos olhos de muitos, mas como ela afeta aqueles que a vivem.
O pior, porém, ainda estava por vir. Ao voltarmos para casa, eu e meu acompanhante passamos mal. Vômitos e diarreia nos acompanharam por toda a noite. Eu, que sou bariátrica, sofri ainda mais, ficando debilitada o dia inteiro, tendo que receber soro e repousar. Não sei exatamente o que nos fez mal, talvez o prato principal, mas fiquei com a certeza de que o ambiente negativo influencia, sim, na experiência gastronômica.
Essa experiência me levou a pensar nas milhões de pessoas que enfrentam discriminação diariamente, seja por serem parte da comunidade LGBTQIA+, por terem uma cor de pele diferente, ou por enfrentarem desafios de saúde física e mental. A discriminação é um problema que se infiltra em todos os setores da vida, desde o atendimento em restaurantes até o acesso a serviços básicos, como saúde e educação. E, muitas vezes, aqueles que não passam por essas situações diretamente têm dificuldade em entender a profundidade do impacto emocional e psicológico que ela causa.
No Brasil, a discriminação racial ainda é uma realidade gritante. Estudos indicam que pessoas negras têm menos acesso a empregos formais, educação de qualidade e saúde em comparação com pessoas brancas. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego entre negros é consideravelmente maior, e eles também são mais vulneráveis à violência e exclusão social. A cor da pele ainda define, injustamente, o tratamento que muitos recebem na sociedade.
Da mesma forma, pessoas LGBTQIA+ sofrem com discriminação e violência diariamente. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil lidera o ranking de países que mais matam pessoas LGBTQIA+ no mundo. Essa violência é alimentada pela intolerância, que se manifesta em todas as esferas da vida, desde o ambiente de trabalho até o convívio social.
No campo das doenças e condições de saúde, a discriminação também é devastadora. Pessoas com autismo, por exemplo, enfrentam preconceito e exclusão em muitos espaços. A falta de compreensão sobre a condição faz com que essas pessoas, e suas famílias, sejam frequentemente marginalizadas. Além disso, doenças invisíveis, como a obesidade e condições pós-bariátricas, também carregam um fardo emocional e social significativo. A discriminação que sofri, me fez entender o quanto o ambiente pode agravar as fragilidades de uma pessoa.
E não podemos esquecer da discriminação econômica, que afeta milhões de brasileiros diariamente. A pobreza, muitas vezes, é vista como uma falha de caráter e não como resultado de um sistema desigual. Pessoas em situação de vulnerabilidade são frequentemente marginalizadas e estigmatizadas, como se fossem menos merecedoras de respeito e dignidade. A desigualdade de renda no Brasil é uma das mais altas do mundo, e isso reflete em como as pessoas são tratadas em diferentes ambientes, seja em restaurantes, lojas, ou no acesso a serviços públicos.
A experiência no restaurante me fez enxergar com mais clareza o quão profundamente a discriminação está enraizada em nossa sociedade. Se antes eu tinha dificuldade em compreender as lutas daqueles que enfrentam discriminação diariamente, hoje estou ao lado deles, na luta por igualdade e respeito. O que deveria ser um momento de prazer e relaxamento se transformou em um episódio de humilhação e indignação, agravado pelo fato de que, além do mau atendimento, meu acompanhante e eu ainda passamos mal após a refeição.
Esse é o efeito da discriminação: ela corrói, humilha e desumaniza. É urgente que nos coloquemos no lugar do outro, que compreendamos que todos, independentemente de sua condição, merecem ser tratados com respeito, dignidade e igualdade. A empatia é uma ferramenta poderosa na luta contra a discriminação, e ela começa com pequenas atitudes, como prestar atenção no tratamento que oferecemos aos outros, reconhecer nossos preconceitos e trabalhar para superá-los.
Ao encerrar este relato, quero fazer um apelo: não feche os olhos para a discriminação. Ela pode não estar diretamente afetando você hoje, mas afeta aqueles ao seu redor. E, assim como eu, talvez você só perceba o quão profunda ela é quando a sentir na pele. Não espere que isso aconteça para lutar por um mundo mais justo e igualitário. A luta contra a discriminação é de todos nós. Juntos, podemos criar um mundo onde ninguém seja tratado como “menos” por qualquer razão que seja.