Uma banda com 26 anos de estrada mudando de rumo e acertando “na mosca”!
A Almanak iniciou sua carreira em 1998 e fixou seu nome na tradicional noite paulistana, interpretando covers nos bares e nas casas de shows mais badaladas de São Paulo. Não demorou muito para virar “a queridinha” do circuito, sendo a primeira a se apresentar com vocal feminino cantando músicas muitas vezes, originalmente, gravadas por homens. A moda pegou e hoje a banda tem uma disputadíssima agenda com mais de 200 shows por ano, todos lotados e super animados!
A banda se viu em um momento de colocar em prática um projeto que já tinha em mente antes da pandemia. O projeto, chamado “Almanak DNA”, consiste em colocar o DNA Rock’n’Roll da banda e uma pegada moderna em canções autorais e também em músicas do repertório da MPB, eternizadas por grandes nomes como Alcione, Elis Regina, Belchior e, agora, Caetano Veloso.
A música escolhida já foi gravada por diversos grandes nomes da música brasileira, mas ficou marcada e extremamente famosa na voz de Caetano Veloso na trilha do filme “Lisbela e o Prisioneiro” (Direção de Guel Arraes).
O clipe, dirigido por Guilherme Cysne, é interessantíssimo e, segundo a banda, cheio de mensagens ocultas. Gravado em uma cena única, corrida e sem cortes, foi filmado com a música interpretada pela vocalista Ellen Cristinne em uma velocidade muito mais lenta, enquanto o restante das atuações das cenas eram em “velocidade normal”.
O resultado disso foi a impressão de que o tempo corre lentamente, levando o espectador a uma sensação de que o personagem da música passa por um baque emocional e seu sofrimento, enquanto o mundo à sua volta continua normalmente em seu ritmo acelerado e frenético. Dá pra ver e sentir o drama da música ao mesmo tempo!
Assista:
O rock é um gênero ousado, que sempre procurou quebrar paradigmas. Pode parecer audacioso mexer em músicas dos “panteões” da música brasileira, mas a banda encara de forma diferente… Com arranjos cuidadosamente feitos pelo guitarrista e produtor Paulinho Roveri, a banda procurou trazer uma pegada que agrada tanto os rockeiros mais conservadores quanto os que se amarram em novidades e sonoridades mais modernas.
Assim, deixam a música brasileira, que faz parte do DNA da nossa cultura, mais acessível a outros estilos. “Nós nos preocupamos em homenagear os heróis da música brasileira com carinho e respeito ao seu repertório, deixando uma marca do nosso DNA nas obras!”, pontua Ellen Cristinne, dona da voz poderosa que embeleza essas melodias. Uma banda que vale a pena seguir, curtir, ir aos shows e conferir do que se trata esse DNA da Almanak.