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Bia Santos é homenageada no Museu da Bolsa do Brasil

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Única especialista negra no acervo ressalta a importância da representatividade (SUBTITULO)

O Museu da Bolsa do Brasil (MUB3) abriu as portas no início de agosto em São Paulo, com o objetivo de estabelecer uma nova relação das pessoas com o universo da educação financeira. E quem visitá-lo, irá se deparar com menção à Bia Santos, CEO e fundadora da Barkus, startup que tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira para jovens e adultos.

A empresária acredita que fazer parte de um projeto tão único é uma oportunidade para dar visibilidade às pessoas negras no mercado financeiro, que até então é escasso de representatividade.

“A ideia do projeto é contar a história do passado e as perspectivas do futuro. Apesar da História diversa do Brasil, não encontramos essa pluralidade no mercado financeiro. Mas enxergo pessoas negras ali, pois eu estou ali. Eu também sou o futuro. E o peso da representatividade, da expectativa de sermos vistos, lembrados e de estarmos, verdadeiramente, ativos no mundo das finanças, é enorme”, afirma a homenageada.

A empresária, que é graduada em Administração pela UFRJ e Universidade do Porto e pós-graduada em História e Cultura Africana e Afro-brasileira pelo Instituto Pretos Novos, com pesquisas sobre diversidade organizacional e finanças, considera a iniciativa da B3 um passo para abrir caminhos e incentivar que outras pessoas negras também possam evoluir e conquistar seus espaços no mercado financeiro.

“Acredito nesse futuro no qual mais pessoas negras estarão brilhando, não só em museus, mas em todo mercado financeiro”, completa.
Para tornar esse futuro uma realidade, é necessário a união de instituições públicas e privadas e políticas públicas de reparação histórica, que coloquem a população negra e suas subjetividades como centro da discussão. A B3 tem unido esforços e é uma dessas instituições, sendo um marco para a história de Bia Santos no mercado da educação financeira.

“Minha história com a B3 começou em 2016, pois foi no espaço deles no Rio, em um evento da CVM, que realizei minha primeira palestra de educação financeira como Barkus. E quem diria, seis anos depois, virar ‘peça’ de museu deles”, relembra Bia Santos em suas redes sociais.

O MUB3 nasceu do desejo de se preservar e compartilhar a história do mercado de capitais brasileiro e funciona de segunda a sexta-feira e nos 2o e 4o sábados do mês, das 9h às 17h, na rua XV de novembro, 275, no centro da capital paulista.

Sobre Bia Santos
CEO e fundadora da Barkus, Bia foi reconhecida pela Forbes na lista Under 30 na área de Ciência e Educação e vencedora do prêmio Mulheres que Transformam, da XP Inc, na categoria Inovação em Finanças.
Graduada em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade do Porto, pós-graduada em História e Cultura Africana e Afro-brasileira pelo Instituto Pretos Novos, com pesquisas sobre diversidade organizacional e finanças, faz parte do livro Somos Empreendedoras, do Itaú Mulher Empreendedora.
Além disso, Bia Santos atua como conselheira da cidade do Rio de Janeiro na frente de Equidade e Inclusão, faz parte do conselho consultivo do BNDES Garagem, programa de aceleração de negócios sociais do BNDES em parceria com Artemisia, Wayra Brasil e Liga Ventures (Consórcio AWL) e, também, conselheira da Artemisia.

Em 2016, junto com Marden Rodrigues, fundou a Barkus Educacional, edtech que tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira para jovens e adultos e se destaca pelo modelo de negócio que busca suporte no desenvolvimento de comportamentos financeiros mais saudáveis por meio da tecnologia.

Em 2021, a startup venceu o Programa Meu Bolso em Dia da Febrabam e Banco Central, ganhou o Prêmio Impactos Positivos e o Selo Impact LATAM, além de ser um dos negócios investidos pelo projeto Black Founders Fund do Google for Startups.

Neste ano, a edtech foi uma das startups com atuação socioambiental escolhida para o programa de mentoria da Cielo, está participando da Aceleradora 100+ da Ambev, além de ser um dos primeiros negócios de impacto social a receber investimentos via empréstimo do filantropo Elie Horn, fundador da Cyrela.

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