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Caso Cunha: Pecuarista nega acusações feitas por ONGs sobre maus-tratos

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O pecuarista, sócio-proprietário da empresa Mashia Agropecuária, Tanagildo Aguiar Feres Jr, responsável pela fazenda Roça Grande, na cidade de Cunha, negou as acusações feitas por ONGS e entidades de defesa animal de que os animais encontrados em sua propriedade estariam sofrendo maus-tratos.
Segundo o pecuarista, o ocorrido pode ter sido provocado por uma série de fatores desencadeados num curto espaço de tempo. O excesso de chuvas que castigaram a região desde novembro, a morte da mãe dele no mesmo mês e seu adoecimento por covid-19 no final de janeiro, o fizeram estar afastado de suas funções no local.
 
“Eu tive que me manter afastado por algum tempo, mas recebi informações de que estava tudo bem com os animais. Nós temos 10 funcionários, atendimento médico 24 horas para os bezerros. Saber que havia ONGs chegando à fazenda, fazendo fotos, isso tudo foi uma surpresa muito grande, um susto mesmo”, diz o pecuarista em declarações feitas ao site UOL.
 
Ele afirma que estava providenciando a solução de algumas irregularidades apontadas pela Polícia Ambiental no local, mas ficou surpreso quando soube que havia algumas ONGs entrando na fazenda e aquilo virou um caos. “Nem tivemos um prazo para continuar os trabalhos de regularização”.
 
As informações de que os bezerros estavam doentes ou extremamente fracos não condizem com a realidade. Ele concorda que havia, sim, animais doentes, mas que eles seriam em pequeno número e estariam sob tratamento. E explica que, quando a tutela dos animais passou para uma das ONGs responsáveis pelo resgate, a especificação era de que apenas os animais debilitados fossem levados, mas não foi o que ocorreu. Eles removeram todos os animais, inclusive os saudáveis, segundo a publicação do UOL.
 
“Poderíamos ter ficado com os animais abrigados lá e custear tudo. Já tínhamos contratado emergencialmente outros dois veterinários e havíamos comprado lona para a construção de mais abrigos para os bezerros. Somos solidários à causa animal. Meu pai era pecuarista, vivo no campo e convivo com gado desde criança”, declarou o pecuarista.
 
O tipo de negócio representado pela Mashia é o trabalho de engorda de bezerros para posteriormente vendê-los a frigoríficos. Eles são comprados ainda muito jovens, a maioria logo após o desmame. 
“Eles chegam magros mesmo, pois o preço de compra é estabelecido pelo peso. Depois da engorda, que leva alguns meses, a gente vende e é aí que temos lucro. Compramos um animal magrinho, engordamos e vendemos para o abate. Não faria sentido mantermos os animais magrinhos de propósito”, finaliza.

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