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Ferramentas de embedded finance permitem diversificar oportunidades para o negócio, afirma empresário Julian Tonioli

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O termo embedded finance refere-se à prática de embutir serviços financeiros ao portfólio de produtos e serviços, por meio dos canais de vendas diretos, indiretos e dos canais de relacionamento, de uma companhia que não é um banco nem uma financeira.

Julian Tonioli, CEO da Auddas, esclarece que novo mercado de embedded finance não para de crescer e, “de acordo com dados divulgados pela Jupiter Research (2020), o valor global das transações deve passar dos US$43 bilhões em 2012 para mais de U$S 138 bilhões, em 2026. Isso representa um crescimento de mais de 200%, impulsionado sobretudo pela imensa quantidade e disponibilidade de APIs (Application Programming Interface – Interface de Programação de Aplicativos, em português), a partir de 2015”. E a expectativa é de que este mercado alcance um volume superior a US$7 trilhões até 2030. No Brasil, o grande avanço neste cenário somente foi possível graças a basicamente dois fatores distintos: “a flexibilização do regulador financeiro (Banco Central do Brasil) permitindo que empresas não financeiras possam negociar produtos financeiros de seguradoras, bancos, dentre outros e o aumento da penetração de celulares de melhor qualidade, facilitando o acesso a estas tecnologias a praticamente qualquer pessoa”, complementa Tonioli.

Um dos casos mais disruptivos e de maior sucesso de utilização do embedded finance é a Starbucks, que opera em 76 países, possui 33 mil lojas e receita de US$ 29 bilhões em 2021.  Com estes números e uma certa dose de exagero, podemos até comparar a Starbucks com um banco. Isto porque, com valor de US$ 12 bilhões, a Starbucks possui hoje a maior carteira digital do mundo, à frente do PayPal, por exemplo. Uma das principais estratégias de embedded finance da empresa foi a criação do gift card (cartão-presente) em 2001 e, que, em apenas 8 meses, vendeu mais de 4 milhões de cartões de diferentes valores. Atualmente, a receita com gift cards representa cerca de 41% de todas as vendas da empresa e conta com um lucro de U$155 milhões em gift cards que não foram utilizados! Outros exemplos igualmente relevantes de embedded finance são o Google e a Apple que adotaram as carteiras digitais Google Pay e Apple Pay, respectivamente.

Tonioli reforça ainda que os benefícios da oferta de ferramentas de embedded finance no sua empresa são muitos e incluem: a possibilidade de monetizar ainda mais as transações, incluindo mais itens da jornada de compra e aumentando o ticket médio e a margem de contribuição; fidelizar o cliente e aumentar ainda mais o seu ciclo de vida com o negócio, com maior retenção e menores taxas de churn; gerar uma relação mais duradoura e potencializar a lembrança que o cliente guarda da sua marca, maximizando o LTV (lifetime value) dos seus clientes e promover o desenvolvimento de novos modelos de negócios e a otimização da gestão do fluxo de caixa e de giro da empresa. Da mesma forma, as ferramentas de embedded finance permitem utilizar os dados relativos aos perfis de consumo dos clientes e das relações de negócios entre as partes para prestação de serviços financeiros associados a este fluxo. “Por exemplo, a partir da análise dos hábitos de consumo do cliente, a empresa pode oferecer serviços diferenciados e com condições mais customizadas, como uma tag para veículos, originalmente utilizada para evitar as filas em pedágios e estacionamentos, que também poderia ser usada para pagar o abastecimento em postos, serviços mecânicos, drive thru em restaurantes, bilhetes de cinema ainda no estacionamento do shopping, dentre outros serviços”, finaliza o empresário.

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