Entre missas, gravações e uma agenda lotada, o sacerdote não abre mão de realizar exercícios físicos e se alimentar corretamente.
Hoje 4/8 é celebrado o Dia do Padre e com toda certeza você já deve ter imaginado como é o dia-a-dia de um sacerdote. Quem pensa que é apenas orações, missas e compromissos religiosos, engana-se completamente. Padre Reginaldo Manzotti, conhecido nacionalmente como o padre que arrasta multidões, aproveitou a data para compartilhar um pouco a sua intensa rotina, já que acumula as funções de apresentador de rádio e TV, compositor, escritor e cantor. Mas, apesar de se considerar multitarefa, sua prioridade é o sacerdócio, missão que vem desempenhando há mais de 27 anos, pelo Brasil e no mundo.
“Como sacerdote, tenho um ritual diário a ser cumprido, que se chama liturgia das horas. Pela manhã, faço minha primeira oração do dia, que se chama “Laudes”. Além disso, tenho a “Hora Média”, que pode ser feita entre às 9h, 12h ou 15h. A oração que deve ser feita ao anoitecer se chama “Às Vésperas”. Já no fim do dia, faço a “Oração das Completas”. Também pode ser feito uma oração com o Ofício das Leituras, uma oração que se faz pela madrugada, bem cedo ou bem à noite. A minha fé exercito todos os dias, através da Palavra de Deus, leitura orante e Santa Missa diária.”.
Rotina diária
Todos os dias o sacerdote acorda bem cedo, depois de realizar as primeiras orações segue para as atividades físicas e rotina de saúde: “Precisamos cuidar do nosso corpo e da nossa saúde. Sempre me preocupei muito em ter uma rotina saudável, mas após esse período conturbado da pandemia, com certeza a atenção foi redobrada nos cuidados. Cuidar do corpo é dar o devido valor a quem nos fez”.
Para manter o corpo saudável e aguentar firme a rotina puxada, o sacerdote pratica musculação todos os dias, intercala as sessões de musculação com as sessões de pilates e mantém os exercícios cardiorrespiratórios para condicionamento físico. “Acordo todos os dias às 6:15 para me exercitar, faço esteira todos os dias, musculação e pilates. Esta rotina diária dura em média uma hora por dia. É muito importante reconhecer e respeitar os limites do seu corpo,” explica Padre Reginaldo.
Depois dos exercícios, vem a parte da alimentação. Para o padre a primeira refeição do dia também é a mais importante, afinal no decorrer do dia, ele concilia as refeições entre as celebrações e gravações de rádio e TV. Ele conta que tenta manter uma alimentação bem equilibrada. “Meu foco é sempre na saúde então faço sempre refeições leves com muita proteína, grãos, legumes e verduras. Mas confesso que adoro um churrasco e não abro mão deste momento pelo menos uma vez por semana.”
Assim que termina seu programa diário, ao vivo para todo o Brasil, “Experiência de Deus” das 10h às 11h da manhã, retransmitido para mais de 1600 rádios simultaneamente, ele deixa os estúdios e geralmente segue para reuniões ou compromissos agendados. Na sequência, realiza a missa ao meio dia na Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba. O almoço só depois da missa, de atender os pedidos dos fiéis e atender imprensa regional. “Não há tempo para descanso entre o almoço e os compromissos da tarde. Faço as minhas orações e sigo os compromissos agendados, seja na Associação Evangelizar ou externamente. Descanso só a noite, depois da agenda completa e das minhas orações.”.
Outro hábito do sacerdote é a grande ingestão de água. “Tomo em média 3 a 4 litros de água por dia. “As celebrações, gravações de TV exigem uma entrega muito forte, intensa. Chego a suar muito, àsvezes tendo que trocar as camisas entre uma atividade e outra“. E para manter a saúde mental, Padre Reginaldo Manzotti é apaixonado por literatura. “Tenho o hábito desde o seminário de ler três livros ao mesmo tempo. Sempre um de estudos litúrgicos, um sobre a vida de algum santo e um secular.”
A vocação
Padre, é alguém escolhido por Deus e ungido, para continuar a obra salvadora de Jesus Cristo. Ao padre – pai – compete ser sinal da unidade de todo o povo de Deus, contribuindo, pela caridade pastoral, para a edificação e o crescimento da comunidade, de forma que ela seja cada vez mais evangelizadora e missionária.
“Tomei a decisão de entrar no seminário muito novo, com apenas 11 anos. Quando convivi com o Padre da minha Paróquia, Monsenhor Séttimo Giacobo, um excelente sacerdote, senti uma enorme admiração por ele, pois era um homem culto, pregava muito bem, com uma ótima oratória. A partir de então, unindo a minha formação católica e o chamado de Deus, tomei a decisão de seguir a minha vocação sacerdotal.” Explica Padre Manzotti.
Pós-pandemia
E como será o papel do sacerdote no mundo pós-pandemia? “Acredito que todos nós, servos de Deus, iremos continuar desempenhando esse papel de ‘médico da alma’. Além disso, espero que as transmissões das celebrações continuem sendo feitas nas redes sociais, para facilitar o encontro com Deus àqueles que não podem frequentar as Igrejas”, explica Padre Reginaldo Manzotti.