Quando o assunto é planejamento estratégico, surge uma série de questionamentos que assombram a mente dos gestores: Qual o período ideal para traçar nossas metas? Quanto tempo é o suficiente? E o que dizer das incertezas do cenário político e econômico que podem afetar nossos planos?
Neste universo de dúvidas, o fato incontestável é que o planejamento estratégico é imprescindível para o sucesso de qualquer empreendimento, independentemente do seu porte. Afinal, ele serve como bússola, orientando as decisões e ações da empresa em direção aos seus objetivos.
Mas, ao mergulhar no labirinto do planejamento, deparamo-nos com uma encruzilhada: o tempo de vigência desse plano. Afinal, por quanto tempo devemos traçar nossas estratégias? É uma pergunta que desperta reflexões profundas, tanto na mente dos empresários quanto nos corredores das grandes corporações.
Enquanto alguns defendem a necessidade de um planejamento a longo prazo, com visão proativa e holística, outros argumentam que o cenário em constante mutação exige planos mais flexíveis e adaptáveis, com foco em períodos mais curtos.
É inegável que as rápidas mudanças nos cenários político, financeiro e fiscal do país têm gerado uma constante apreensão na hora de elaborar os planos. Afinal, como manter a previsibilidade em meio a tanta volatilidade? A resposta, talvez, esteja em encontrar o equilíbrio entre previsão e adaptação.
Grandes corporações, com vasta experiência, enfrentam esse dilema com maestria, combinando análises detalhadas e projeções de longo prazo com a flexibilidade de ajustar estratégias conforme as demandas emergentes.
No campo de batalha diário, onde as batalhas são travadas, a eficiência do planejamento é colocada à prova. Nem sempre tudo ocorre conforme o previsto, mas é nesses momentos que a adaptabilidade mostra-se valiosa. Empresas resilientes e visionárias entendem que, ao longo da trajetória, ajustes são inevitáveis, e a capacidade de se reinventar e reorientar é essencial para a sobrevivência.
Dessa forma, tornamo-nos mestres em planejar e, ao mesmo tempo, aprendizes em nos adaptar. O cenário atual exige um planejamento mutável, capaz de se moldar ao ritmo acelerado das transformações que nos cercam.
A resposta para o tempo de planejamento ideal varia conforme as necessidades de cada negócio. Algumas empresas se beneficiam de planos mais curtos, que permitem ajustes rápidos e o aproveitamento de oportunidades emergentes. Outras preferem traçar um caminho de longo prazo, buscando alicerçar sua visão e missão para o futuro.
Portanto, não há fórmula pronta. O segredo reside em encontrar o equilíbrio, compreender que planejar é essencial, mas a adaptabilidade é a chave para a sobrevivência. Planejemos, sim, para o curtíssimo prazo, mas também para o amanhã, o próximo ano e além. Nossa sabedoria está em reconhecer que, na jornada empresarial, a única certeza é a constante mudança.
Joe Santos – Sr. Pantufa.
Baseado no livro A Revolta Dos CNPJs.