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Psicóloga faz alerta sobre setembro amarelo

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Quando o assunto é suicídio, é comum ouvir falar que “quem quer mesmo terminar com a própria vida não avisa”, e outras afirmações semelhantes. Segundo a psicóloga Maria Rafart, este tipo de comentário faz parte de uma grande lista de culpabilizações dos suicidas, que incluem desde a crença de serem covardes passando pela acusação de serem até mesmo ingratos, ignorando, ao tentar dar cabo da própria vida, o sofrimento daqueles que estão ao redor.

“Contudo, a prática mostra que um ato suicida é, antes de tudo, um ato de desespero, um descontrole emocional que o próprio sujeito que atenta contra a própria vida não consegue equilibrar”, disse a psicóloga.

De acordo com Rafart, estudos mostram que há uma correlação direta entre estados depressivos e tentativas de suicídio.

“Os sinais mais preocupantes de depressão de uma pessoa podem ser notados por quem convive com ela: mudança do estado de ânimo, retração social, alterações extremas de humor, com muita irritabilidade, sentimento profundo de culpa, são alguns deles”, listou a profissional, que acrescentou:

“Pessoas com ideação suicida podem usar com frequência frases do tipo ‘viver não vale a pena’, ‘melhor acabar com tudo isso”’ e outras semelhantes. Ações de desapego, como por exemplo distribuir antecipadamente alguns objetos, podem soar o alarme”.

Para a psicóloga, apoio é a palavra-chave da prevenção. “Quando alguém do seu convívio der sinais de não estar bem psicologicamente, ofereça seu suporte para que ele busque profissionais de saúde mental, antes que seja tarde demais”.

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