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Quando o fim de ano acende a solidão

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Psicanalista Rafael Schieber conecta luto, viradas e coragem de seguir

Quando as luzes de fim de ano se acendem, a promessa é sempre a mesma: mesas cheias, fotos perfeitas, planos impecáveis para um “novo eu”. Para o psicanalista Rafael Schieber, porém, essa narrativa luminosa esconde uma outra realidade, muito mais silenciosa e comum do que se imagina: a de quem atravessa o Natal e o Réveillon entre a saudade, a solidão e a sensação de não pertencer a lugar nenhum. Com 17 anos de experiência clínica e trabalho intenso com o tema da solidão adulta, ele se tornou uma referência justamente por dar nome a essas dores que não viram postagem, mas atravessam a vida real.

Schieber escolhe começar não pela teoria, mas pela própria história. Alguns anos atrás, ele perdeu a irmã na noite de réveillon. Dois dias antes, tinha perdido o tio Geraldo. Uma virada de ano que deveria simbolizar continuidade virou, em poucas horas, sinônimo de ruptura e luto. “Desde então, o fim de ano nunca mais foi emocionalmente neutro para mim”, admite. A confissão não é um convite à autopiedade, mas um ponto de partida honesto: se até um psicanalista, acostumado a ouvir histórias de dor, é atravessado por essa ambivalência, não há nada de anormal em quem se sente fora do roteiro da felicidade obrigatória.

Hoje, ele ainda celebra: estar com amigos, família, pessoas que ama. Mas sempre existe uma camada discreta de melancolia à mesa, uma presença silenciosa da saudade de quem não está mais. Em vez de tratar isso como “defeito”, Schieber propõe outra leitura: alegria e tristeza deixaram de ser opostos e passaram a coexistir como partes legítimas da mesma experiência. Foi preciso trabalhar isso em terapia, diz ele, para que o fim de ano não se tornasse um gatilho permanente de dor. Não para apagar o luto, mas para integrá-lo de forma menos cruel à própria história. 

Essa elaboração pessoal ilumina aquilo que ele vê diariamente em consultório: o fim de ano amplifica contrastes. A pressão social para “estar bem”,  bem resolvido, bem acompanhado, bem-sucedido, encontra pessoas que, na prática, chegam à última página do calendário com perdas recentes, conflitos familiares, relações rompidas, sonhos adiados, carreiras em dúvida. Situações assim não nascem em dezembro, mas nessa época ganham megafone. As cadeiras vazias parecem gritar mais alto. Os projetos que não saíram do papel pesam mais. E a mensagem implícita de que “todo mundo está feliz” faz muita gente concluir, em silêncio: “então o problema deve ser eu”.

Para Schieber, esse pensamento é uma armadilha típica do nosso tempo, o mesmo que vem tornando a solidão uma espécie de “epidemia invisível da vida adulta”. O sofrimento que aparece no fim de ano, enfatiza ele, não é sinal de fracasso pessoal, mas de humanidade. Ele aponta para vínculos que existiram, para desejos que fizeram sentido, para histórias que importaram. A dor não significa que algo em você está estragado; significa que algo em você esteve profundamente vivo. Nesse ponto, o psicanalista desloca o foco da pergunta “o que há de errado comigo?” para uma questão mais produtiva: “o que essa dor está tentando me mostrar sobre o que foi importante na minha vida?”.

Daí nasce o convite que atravessa todo o texto: ressignificar o fim de ano. Em vez de se obrigar a uma euforia performática, talvez o movimento mais honesto seja reconhecer o que se perdeu; pessoas, fases, lugares, versões de si, e admitir que isso também faz parte de quem você é hoje. Não se trata de esquecer, mas de aceitar que a ausência não apaga o amor; que a saudade é, muitas vezes, a forma mais fiel de continuidade. Em linguagem simples e direta, Schieber mostra que é possível construir uma relação menos violenta com essa data, em que o calendário não manda mais do que a própria verdade emocional.

Nesse processo, a psicoterapia aparece não como milagre, mas como espaço de cuidado. Um lugar onde é possível falar da raiva, da culpa, da tristeza, do medo de “estragar a festa dos outros”, sem julgamento e sem rótulos fáceis. Ao longo da carreira, o psicanalista tornou-se conhecido por ajudar adultos que, do lado de fora, parecem ter “tudo certo”, mas por dentro se sentem desconectados de si e dos outros. Ao incluir a própria história de luto nessa conversa, ele reforça uma mensagem que tem se repetido nas redes e em entrevistas: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é o gesto de responsabilidade de quem não quer reproduzir o mesmo roteiro de sofrimento para sempre.

“Nem toda virada precisa ser eufórica. Às vezes, ela pode ser apenas verdadeira. E, muitas vezes, isso já é mais do que suficiente”, escreve Schieber na conclusão, em um tom que é menos de conselho e mais de companheirismo. Sua voz chega para ocupar um lugar raro: o de quem traduz o mal-estar contemporâneo sem simplificá-lo, mas também sem perder a delicadeza. Para leitores que atravessam dezembro com o coração acelerado e a alma cansada, esse pode ser o texto que, enfim, coloca em palavras aquilo que sempre foi sentido, mas nunca foi dito em voz alta.

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ProHair lança “Pro Power Blond” em campanha cinematográfica liderada por Arthur Tavares

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Diretor de Arte e coordenador junto aos Embaixadores da marca, Warlei Rocha revisitou o impacto pop-cultural com um Blonde Beyoncé na campanha
Robson Jaymes que entregou uma releitura do Blond Dourado com Contorno de luz que esculpe a cor como uma Jóia.

Um novo capítulo do loiro brasileiro acaba de ser escrito — e com verniz de alta moda. A ProHair apresenta o Pro Power Blond, uma campanha que transcende técnica e estética ao unir narrativa visual, direção artística seletiva e interpretação autoral do loiro contemporâneo.
Sob a batuta criativa de Arthur Tavares, o shooting nasce da inspiração na paleta da Pantone, tratada como uma tela branca na qual a luz ganha corpo, textura e personalidade. O resultado são três blondes de assinatura, cada um traduzindo uma estética, um ritmo e um discurso dentro da nova fase da marca.

Warlei Rocha (@wroch_a) revisita o impacto pop-cultural com um Blonde Beyoncé criado para uma modelo negra cacheada — brilho, força e protagonismo que respiram atitude.
Robson Jaymes (@robonjaymesjob) entrega uma leitura moderna de glamour com seu loiro dourado de contorno, onde sombra e luz esculpem o rosto como joalheria.

E Arthur Tavares sela o trio com o Cloud Dancer Blond, inspirado na Pantone Cloud Dancer e na cor natural da própria modelo — um loiro etéreo, minimalista, quase flutuante, que redefine a ideia de pureza luminosa.

Mas o glamour não se sustenta apenas no clique: a ProHair reforça seu DNA técnico com tratamentos que elevam o loiro ao patamar do luxo sensorial. A linha Nano S.O.S. reconstrói com precisão cirúrgica:Banana & Mel devolve maleabilidade cremosa;e o BB Cream finaliza com brilho espelhado e disciplina luxuosa.

O Pro Power Blond marca mais do que uma campanha — marca uma era. Uma estética onde luz, cabelo e direção criativa se encontram em equilíbrio perfeito. Uma conversa sofisticada entre moda, técnica e identidade. Para ver o editorial completo, acesse @prohairoficial.

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Em expansão, GoldKo, marca de chocolates sem açúcar, inaugura unidade no Shopping Mooca

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Com cafés, chocolates e presentes para todos os estilos, a nova loja chega oferecendo uma experiência completa em um ambiente acolhedor e moderno

A GoldKo, marca brasileira que revolucionou o mercado de chocolates ao unir indulgência e bem-estar, segue expandindo sua presença pelo país. A próxima inauguração acontece nesta sexta-feira (12) às 16h no Shopping Mooca, São Paulo, reforçando o plano de expansão da rede por meio do modelo de franquias.

Fundada pelos irmãos Gregory e Chantal Kopenhagen Goldfinger, junto com seu Pai Paulo, a GoldKo nasceu com o propósito de transformar o prazer de comer chocolate em uma experiência mais consciente — sem adição de açúcares, com um vasto portfólio de opções sem glúten e opções veganas, mas com o mesmo sabor surreal que conquistou milhares de consumidores.

Nos últimos meses, a marca ganhou destaque nacional ao viralizar no TikTok, onde seus conteúdos sobre produtos e bastidores da vida da fundadora Chantal ultrapassaram milhões de visualizações.

Esse crescimento orgânico impulsionou o reconhecimento da GoldKo como uma das marcas mais queridas da nova geração de consumidores que buscam equilíbrio, autenticidade e sabor.

Com cafés, chocolates e presentes para todos os estilos, a nova loja, que será operada por Paula Raciatto, chega oferecendo uma experiência completa em um ambiente acolhedor e moderno, com design característico da marca.

Segundo Gregory Goldfinger, CEO da GoldKo, a expansão tem como objetivo aproximar ainda mais o público da marca.

“Cada nova loja representa um pedacinho do nosso sonho: mostrar que é possível se permitir sem culpa e transformar o consumo de chocolate em um momento de prazer real e equilibrado.”

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Previsão espiritual de Vó Bahiana confirma tetracampeonato do Flamengo

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Pela 4ª vez conquistando a Taça Conmebol Libertadores da América, no último sábado, dia 29 de novembro, o Flamengo foi o campeão em cima do Palmeiras com o placar de 1 x 0. Com isso, se tornou o primeiro time brasileiro a alcançar o tetracampeonato. A final mobilizou torcedores de todo o país, além de Lima, no Peru, onde aconteceu a partida de futebol decisiva.

Mas quem acompanha a sensitiva Vó Bahiana nas redes sociais já sabia quem sairia vitorioso nesse duelo. A pedido de seguidores, um dia antes da final a vidente postou um vídeo falando sobre o jogo. “Amanhã, o time que usará a roupa vermelha irá levantar a taça e levar a melhor. Então, agora vamos esperar o jogo”, falou. Rapidamente, o post obteve milhares de interações entre curtidas e comentários, com alguns comemorando o resultado, enquanto outros pediam previsões de outros times em diversos campeonatos.

Ainda no mundo da bola, em 18 de novembro a espiritualista postou uma previsão sobre o ano de 2026, em que a Seleção Brasileira perderá um grande nome, mas não se trata de um jogador de futebol. “Será um bom ano para o futebol brasileiro, mas, infelizmente, haverá a perda de um grande técnico ou alguém que ‘fala’ em campo, que conduza ou narre as jogadas. Mas eu sei que ele é bem falado nas Seleções Brasileiras. Infelizmente, nem todas as previsões são boas, mas a gente tem de repassar as mensagens do plano espiritual”, comentou durante o vídeo.  

Considerada a maior vidente do Brasil, Vó Bahiana acumula mais de 15 milhões de seguidores apenas no Instagram, com “filhos de fé” no Brasil e em diversos países do exterior. Ela publica diariamente diversas previsões, além de dicas espirituais e lives para ajudar nos caminhos de quem a procura.

Saiba mais em @vobahianaoficial_2026

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