Anne Marinho #optimizatiON

QUEM TE IRRITA TE CONTROLA

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Há aproximadamente 6 anos, minha amiga Bruna Capucci me disse isso, mas na época, não fez tanto sentido.

Hoje, conforme vou estudando neurociências e comportamento vejo a riqueza por trás dessa simples afirmação: “Quem te irrita te controla”.

Vamos entender melhor juntos?

Se imagine dirigindo um carro em um dia de muito calor e trânsito. Você olha para o relógio e vê que seu atraso para aquela importante reunião é iminente!
A pista da esquerda segue livre em frente, mas você deve pegar a próxima saída. Por isso, espera pacientemente na fila de carros que está praticamente parada.

De repente, você percebe no seu retrovisor um carro vindo pela esquerda com a seta marcada, ele força e entra na sua frente.

Mas porque essa pessoa se sente no direito de “furar a fila” em vez de esperar como todos os outros? Você está há quase meia hora parado, tem uma importante reunião para participar e ainda assim está respeitando o fluxo!

Em questões de segundos, seu coração acelera, o rosto esquenta, as mãos apertam o volante e surge o forte desejo de esbravejar e falar “umas boas verdades” para esse mal-educado.

Neste momento, como você estaria se sentindo?
Irritado?! P@$% da vida?!

Então ainda nessa emoção de irritação, você olha dentro do carro, e vê um motorista desesperado com uma grávida já em trabalho de parto no banco do carona.

E agora, como você se sente?

Ao passar por uma experiência semelhante à descrita, muitos experimentamos uma rápida mudança de estado emocional de raiva para serenidade ou compaixão. E, em alguns casos, vergonha caso já tenha saído um palavrão ou uma forte buzina antes de se dar conta da situação.

Percebam que o estímulo era o mesmo: trânsito intenso, medo de se atrasar e um carro entrando em sua frente pela esquerda. Então, porque, de um momento para o outro migramos de uma emoção de apego negativo para outra de apego positivo?

A resposta para esta questão está nas crenças que fazem parte de nós e nas histórias (narrativas) que nos contamos.
Neste caso, a crença de que as pessoas que não esperam a sua vez e entram na frente sem pedir são desrespeitosas, alimenta o cérebro que automaticamente julga os fatos e cria uma narrativa de como essa pessoa está sendo desrespeitosa consigo e todo o corpo responde à natureza dessa provocação.

No entanto, é possível dominar nossas emoções a partir da reprogramação de crenças e escolha consciente das narrativas que nos contamos.

Por isso, se você deseja não permitir que os outros controlem você ou seu estado emocional, ao perceber uma emoção negativa que pode atrapalhar sua performance, coloque-se no domínio das suas emoções e escolha de forma consciente a narrativa que irá adotar para atingir o estado emocional desejado.

Anne Marinho
contato@annemarinho.com.br

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