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Transações de M&A em alta geram dúvidas e empresa especializada em planejamento orienta sobre processo

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As transações de M&A são um caminho possível – e viável – para o crescimento de uma empresa, independente do porte. Esse processo de investimento, de compra parcial ou integral, ainda gera muitas dúvidas, por isso, Marco França e Nathalia Maestrelo, respectivamente sócio fundador e sócia diretora  da Auddas, tiraram uma série de dúvidas, que vão de discussões qualitativas como a definição do melhor momento para se fazer uma transação de M&A, até discussões mais técnicas como a estrutura necessária para se enfrentar uma diligência, entre outras questões.

Uma das principais interrogações é a hora certa de pensar na transação, e a resposta é de que se precisa de muita cautela na avaliação, que envolve aspectos pessoais dos fundadores, de capacitação da companhia e aspectos de mercado.

“Há, tipicamente, três grandes esferas para se pensar: o momento do dono, o momento que está passando a companhia e o setor. É uma boa prática sempre estar pensando nesses três pontos. De acordo com a maneira como serão respondidos, a empresa vai estar mais madura ou menos madura para participar do processo”, explica França.

Também é necessária atenção com as movimentações do mercado, que podem facilitar com que os envolvidos pensem nesse processo.

“Às vezes, a gente tem que tomar uma decisão agora, não porque ela vai causar impacto daqui um ano, mas se eu não a tomar agora, daqui a cinco anos ou dez anos, meu negócio pode estar em outra situação, porque o mercado mudou”, afirma Marco.

Além disso, o sócio da Auddas explica que questões internas como necessidade de capital de giro ou de sucessão, que necessitam de soluções imediatas também podem acelerar a necessidade de decisão.

“Se você está em uma linha mais simples, como precisando resolver o giro, acho que você não precisa de um M&A, precisa de uma operação bancária, mas quando você começa a ter que responder a um monte de coisas ao mesmo tempo, precisa se proteger de uma consolidação, ataque de uma concorrência capitalizada,  discussão de sucessão com sócios, liquidez para você, uma operação bancária não vai te dar isso. Para muitas demandas adicionais a necessidade de capital mais clássica, o M&A vai te atender melhor”, detalha.

Para avaliar a empresa envolvida no M&A, existem vários tipos de métodos, conforme destaca o sócio da Auddas.

“Em termos gerais, quanto maior for a companhia, maior o peso da análise financeira dela, e quanto menor for a companhia você vai tender a uma avaliação mais voltada para sua inovação e/ou a sua capacidade de crescimento. Metodologias mais tradicionais como análise através de fluxo de caixa são mais comumente relacionadas a empresas e setores maduros”, detalhou França.

Além disso, conforme lembram os sócios da Auddas, os múltiplos utilizados para avaliação, sejam eles de receita ou de Ebitda, variam também de setor para setor, dependendo da relevância e da dominância da companhia naquele contexto .

França lembra, contudo, que existem dois grandes blocos de riscos envolvidos no processo de M&A, que também precisam ser considerados.

“Um deles é que o M&A tira foco, ele é sexy, é interessante, mas você tem que tocar o negócio. O ponto de os fundadores, ou ao menos um deles, ser dragado para uma discussão longa, que vai ter altos e baixos, é um risco importante”, afirma.

Além disso, o empresário explica que é necessário ter algumas regras bem claras para a etapa de incorporação do negócio pelo comprador, período de pós venda, onde o papel do futuro time de executivos deve ser claro a respeito de metas, autonomia e remuneração.

“É a fase 2 na vida do sócio ou sócia que vai agora participar de um negócio maior, de uma empresa com outra cultura, eventualmente vai ter uma vida de executivo ou executiva”, alerta.

Outra dúvida existente é sobre a tributação da venda, e Maestrelo reforça a recomendação da Auddas para os clientes, de que haja sempre um assessoramento jurídico.

“Você tem toda uma análise jurídica de documentos de compra e venda para dizer qual é o impacto na pessoa física. Não é simplesmente um cálculo como na declaração do Imposto de Renda, é algo que precisa ser avaliado com cuidado em cada uma das operações, das decisões que forem tomadas durante o processo de venda”, indica.

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