A empresária diz que esperou sua inocência ser comprovada
Quase dois anos depois de ser acusada de vantagens ilícitas a partir dos serviços prestados, como vender carros em leilões e não os entregar aos vencedores, a empresária e influenciadora digital Priscilla Santos, conhecida como a “Rainha dos Reboques”, se defende das acusações e diz que sua inocência foi comprovada. Ela chegou a ser alvo de buscas na Operação Arremate, deflagrada pela Polícia Civil do RJ.
“Eu, Priscila Santos, conhecida ultimamente como a rainha do reboque, venho esclarecer alguns fatos e pontos importantes. Preferi deixar a justiça começar a agir antes de me pronunciar. Fui acusada na mídia por graves crimes que não cometi, os quais foram investigados pela delegacia de defraudações. Fiz questão de prestar depoimento e apresentar todos os documentos que comprovaram minha inocência. Como resultado, meu caso foi encaminhado para a DELFAZ, uma delegacia que investiga crimes envolvendo o próprio governo”.
Priscila aponta o racismo estrutural na investigação. Ela ainda diz que agora passou de acusada a testemunha no caso e quer que a justiça seja feita. ‘Ser mulher e negra é muito difícil. Você tem que provar várias vezes que não é criminosa por causa da cor da sua pele. Como disse inúmeras vezes: “bandida eu não sou”. Pelo contrário, toda essa perseguição política que sofri foi por lutar contra um sistema injusto, onde só visam enriquecer o seu bolso e não se importam com a população. O próprio sistema não me queria, pois, como ouvi diversas vezes, “sem eu, eles ganhariam 3x mais”. E sabe por quê? Porque eles cometem muitas injustiças contra a população, inclusive roubando diversos direitos. Tenho inúmeros documentos e ofícios que fiz contra o “DETRO”, além da denúncia formal que fiz ao Ministério Público contra a máfia do reboque. Eu abomino essa máfia, pois, em meus 20 anos no ramo de reboque, tenho lutado para provar que nem todo empresário e reboquista é ladrão.Saibam que minha luta não terminou, está apenas começando! Primeiramente, quero agradecer a Deus, que vem agindo, e à justiça, que está cumprindo seu papel com excelência. Sinto-me lisonjeada e orgulhosa por, após ter sido apontada, humilhada, desprezada e acusada de ser criminosa, estar sendo reconhecida como testemunha e vítima aos olhos da justiça”.
Priscilla é proprietária da Rebocar, uma das maiores empresas de reboques do país, e que foi investigada por supostas irregularidades em contratos firmados com o departamento de transporte rodoviário do estado do Rio de Janeiro.Ela conta que não vai parar sua luta contra o sistema, mesmo depois das acusações e de ter colocado a própria vida em risco.
“Esta luta não é apenas por mim, é por todos nós. Coloquei e coloco minha vida em risco porque é assim que eles fazem: eliminam as pessoas que lutam contra o sistema. Não parei e não vou parar, pois essa é a missão que Deus me deu. Um dia, Deus me revelou que eu seria Ester em sua vida, que Ele me tornaria rainha e me colocaria entre os reis para lutar pelo seu povo. Naquele momento, não entendi, mas hoje, além de entender, aceito com orgulho o título de rainha do reboque”, destaca.
A empresária diz que aceitou o apelido que seus inimigos usavam contra ela. “Se meus inimigos achavam que estavam me humilhando ao me chamar de rainha do reboque, saibam que vocês só confirmaram o que Deus me disse. Se sou rainha, é porque tenho condições de carregar o peso da coroa, peso que não é fácil, que causa dor e muitas abdicações. Mas saibam de uma coisa: esta Priscila Santos irá lutar até o fim por justiça, por ela e pelo seu povo. E saibam que está apenas começando.Um recado ao sistema: não me rendi às ameaças, não me rendi às ofertas de propinas, não me rendi às sacanagens e roubalheiras que vocês fazem contra o povo, e jamais irei me render. E a todos aqueles que me julgaram, me cancelaram, me odiaram, me desacreditaram e pararam de me seguir, obrigada a cada um de vocês, pois me deram mais força para lutar cada vez mais. Saibam que rainha que é rainha luta pela sua coroa e pelo seu povo até o fim”, finaliza.