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O Brasil é Um dos Piores Lugares do Mundo para Empreender

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Mesmo com um mercado gigantesco e um povo cheio de ideias, empreender no Brasil pode ser um verdadeiro labirinto. Estudos importantes como o Índice de Facilidade de Fazer Negócios, do Banco Mundial, e o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial, colocam o Brasil numa posição nada invejável. Eles mostram como a burocracia, os impostos altos e os problemas de infraestrutura complicam a vida de quem quer abrir e manter uma empresa aqui. Além disso, a economia do país sobe e desce como uma montanha-russa, tornando tudo ainda mais imprevisível para negócios e investidores.

Mas será que tudo está realmente perdido? O contador e mestre em negócios internacionais, André Charone, que estudou Empreendedorismo em Países Emergentes na Universidade de Harvard, acredita que, com algumas mudanças importantes, como simplificar as regras para as empresas, rever os impostos e melhorar estradas e portos, o Brasil pode sim se tornar um lugar incrível para empreender.

“O Brasil tem tudo para ser um líder econômico global, só precisa ajustar os trilhos para que os negócios possam acelerar sem tantos obstáculos”, André Charone.

Labirinto Burocrático: A Complexidade que Atrasa os Negócios.

No Brasil, enfrentar a burocracia é como tentar sair de um labirinto sem fim, especialmente para quem está tentando dar vida a uma nova empresa. André Charone aponta que esse emaranhado de procedimentos e regulamentações não só atrasa a abertura de empresas, mas também faz com que os custos operacionais disparem. Em um cenário global onde agilidade e eficiência são fundamentais, essa realidade coloca as empresas brasileiras em uma posição desfavorável na corrida internacional.

Esse problema burocrático é tão sério que o Brasil figura na 124ª posição no Índice de Facilidade de Fazer Negócios, entre 190 países avaliados. Para se ter uma ideia do impacto disso no dia a dia das empresas, estudos apontam que, em média, são necessárias cerca de 1.500 horas por ano apenas para que uma empresa consiga cumprir com todas as exigências tributárias e fiscais do país. “Esse número exorbitante de horas dedicadas à burocracia não só consome um tempo valioso, mas também representa um custo elevado para as empresas, dificultando ainda mais a jornada de quem empreende no Brasil”, reforça Charone.

Carga Tributária Exorbitante e Complexidade Fiscal

No Brasil, lidar com os impostos é como tentar encontrar a saída de um labirinto especialmente complexo e cheio de armadilhas. As empresas se deparam com uma teia de taxas, contribuições e regras fiscais que frequentemente se contradizem ou se sobrepõem, tornando o sistema tributário brasileiro um dos mais complicados do mundo. André Charone ressalta que essa complexidade e a alta carga tributária não só reduzem os lucros das empresas, mas também as obrigam a buscar especialistas para não se perderem nesse emaranhado. Segundo o contador e mestre em negócios internacionais, isso eleva ainda mais os custos operacionais dos empreendimentos tupiniquins.

Para ilustrar o peso dessa carga, um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que a carga tributária no Brasil é uma das mais elevadas entre os países emergentes, representando mais de 33% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse índice coloca uma pressão enorme sobre as empresas, que precisam dedicar uma parcela significativa de seu tempo e recursos apenas para o cumprimento dessas obrigações fiscais

Infraestrutura e Logística: Desafios na Distribuição

A infraestrutura e a logística no Brasil trazem desafios significativos para as empresas, impactando diretamente sua eficiência e elevando os custos de operação. Problemas como estradas em condições ruins, uma rede ferroviária limitada, e o alto custo de transporte são verdadeiras pedras no sapato para quem tenta fazer negócios no país. Estas questões não só aumentam as despesas com logística, mas também colocam um freio na capacidade das empresas de competir de igual para igual no mercado.

Dados indicam que o Brasil gasta apenas uma fração do que seria necessário em infraestrutura, com cerca de 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) investido na área, enquanto especialistas recomendam um investimento de pelo menos 4% para atender às necessidades básicas de desenvolvimento. Segundo André Charone, essa deficiência se reflete diretamente no custo Brasil – um termo que descreve os diversos custos adicionais que as empresas enfrentam operando no país, incluindo, mas não limitado a, custos logísticos elevados. “Esses desafios infraestruturais e logísticos não apenas tornam mais caro fazer negócios no Brasil, mas também afetam a agilidade e a capacidade das empresas de servir seus clientes de maneira eficaz, sublinhando a urgente necessidade de investimentos e reformas nessa área”, ressalta o mestre em negócios internacionais.

Existe Luz no Fim do Túnel?

Apesar dos numerosos desafios que delineiam o cenário empresarial do Brasil, o país ostenta um potencial inegável para se tornar uma potência econômica. No entanto, para transformar esse potencial em realidade, é imperativo que sejam implementadas reformas estruturais profundas e coerentes. Segundo André Charone, as soluções passam necessariamente por uma reforma tributária completa e abrangente que verdadeiramente simplifique o sistema de impostos, tornando-o mais justo e menos oneroso para as empresas. Tal medida reduziria a complexidade e o custo associado à conformidade fiscal, incentivando assim o empreendedorismo e atração de investimentos.

Além disso, o contador destaca que uma reforma administrativa que modernize a máquina pública é essencial para desburocratizar os processos de abertura e gestão de empresas no país. Segundo ele, isso inclui a digitalização de serviços, a implementação de janelas únicas para processos empresariais e a eliminação de redundâncias regulatórias que hoje asfixiam o potencial empresarial. Investimentos maciços em infraestrutura e educação também se fazem necessários para garantir que as empresas possam operar eficientemente e que o país possa desenvolver o capital humano capaz de sustentar e expandir a inovação. A colaboração entre o setor privado e o governo é fundamental nesse processo, requerendo um comprometimento conjunto para uma visão de longo prazo do desenvolvimento econômico do Brasil.

Para Charone, a implementação dessas reformas não apenas criaria um ambiente mais favorável aos negócios, mas também posicionaria o Brasil como um líder atrativo no mercado global, capaz de competir de igual para igual com outras economias avançadas. O caminho para um Brasil mais próspero e inovador está claro. Agora, é essencial que haja vontade política e um esforço conjunto da sociedade para realizar as mudanças necessárias, garantindo assim um futuro econômico brilhante para o país.

Sobre o autor:

André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA).

É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional.

André lançou dois livros com o tema “Negócios de Nerd”, que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.

Instagram: @andrecharone  

Imagem: Consultório da Fama

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9 em cada 10 brasileiros acreditam que adolescentes não têm apoio emocional e social para lidar com as redes sociais

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Pesquisa mostra ainda que apenas 20% dos pais pretendem futuramente instalar alguma ferramenta de controle

Crianças e adolescentes estão cada vez mais conectados, trocando passeios, viagens e momentos em família por longas horas diante das telas do computador, tablet ou celular. Mas será que estão psicologicamente preparados para enfrentar os desafios do ambiente digital, muitas vezes obscuro e perigoso?

Um levantamento realizado pela Porto Digital revela que 9 em cada 10 brasileiros maiores de 18 anos, com acesso à internet, acreditam que adolescentes não recebem o suporte emocional e social necessário para lidar com o ambiente digital, especialmente nas redes sociais. A pesquisa ainda aponta que 70% dos entrevistados defendem a presença de psicólogos nas escolas como um passo essencial para mudar esse cenário.

O psicólogo Cristiano Costa, CKO da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo), explica que o sistema de recompensas dos jogos digitais ativa os mesmos circuitos cerebrais envolvidos no vício em drogas, gerando uma liberação intensa de dopamina. “Crianças e adolescentes ainda estão em processo de formação cognitiva, o que os torna muito mais vulneráveis à compulsão por esse tipo de estímulo”, destaca.

Os dados também mostram uma preocupação crescente com a saúde mental dos jovens: 57% dos entrevistados apontam o bullying e a violência escolar como os principais desafios enfrentados atualmente. Outros fatores como depressão e ansiedade (48%) e a pressão estética (32%) também figuram entre as principais causas de sofrimento emocional entre adolescentes.

Apesar desses números alarmantes, apenas 20% dos pais afirmam ter intenção de utilizar, no futuro, algum tipo de ferramenta de controle digital. O uso de recursos como o controle de tempo de tela ainda é baixo, o que reforça a necessidade de conscientização e orientação das famílias.

A população reconhece que o cuidado com a juventude deve ser uma responsabilidade coletiva — envolvendo governo, escolas, famílias, empresas e a sociedade em geral. É preciso construir ambientes mais seguros e acolhedores, especialmente no contexto escolar, diante do uso cada vez mais precoce das redes sociais.

O estudo “Influenciadores”, realizado pela Croma Consultoria, mostra que mais da metade dos brasileiros segue pelo menos um influenciador digital. O WhatsApp é a rede social mais utilizada entre todas as gerações, com destaque para a Geração X (83%) e a Geração Y (82%). O Instagram lidera entre os mais jovens, com 69% de preferência entre Millennials e integrantes da Geração Z. Já o TikTok vem ganhando espaço principalmente entre os mais novos, com adesão de 35% da Geração Z e 19% dos Millennials.

Segundo Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma, os dados refletem uma segmentação crescente no uso das redes sociais, o que reforça a importância do controle e da orientação por parte de pais e responsáveis. “Enquanto Millennials e a Geração Z buscam plataformas mais dinâmicas e interativas, as gerações mais velhas permanecem fiéis a redes sociais mais tradicionais e utilitárias, como WhatsApp e Facebook”, afirma Bulla.

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Mais de 20 milhões de brasileiros ainda não entregaram declarações à Receita Federal

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Especialistas alertam para o prazo e explicam como evitar erros para não cair na “malha fina”

O prazo para entrega das Declarações do Imposto de Renda 2025 está chegando ao fim, mais de 20 milhões de brasileiros ainda não enviaram seus rendimentos à Receita Federal. O prazo final para a entrega é no dia 30 de maio. Normalmente muitos brasileiros deixam para a última hora e acabam cometendo erros que podem causar uma grande dor de cabeça, a malha fina.  Quem vai preencher o formulário do IR deve redobrar a atenção para evitar erros na hora da prestação de receitas e despesas à Receita Federal. 

Flávio Augusto Menezes, contador e gerente de controladoria da Multimarcas Consórcios explica que o primeiro passo é separar toda a documentação necessária para o preenchimento do Imposto, como recibos, comprovantes de despesas, informes de rendimentos e que ao preencher o formulário o faça com calma. “O brasileiro precisa aprender a deixar de entregar o documento nas últimas horas. O prazo para entrega é suficiente para que o declarante busque todos os documentos comprobatórios para realizar a declaração com clareza e calma”. 

O profissional listou os erros mais comuns na hora de preencher a declaração. A expectativa é que 46,2 milhões de contribuintes prestem contas até o fim do prazo, evitando assim multa e juros. 

Trabalhos eventuais – freelance: a omissão de rendimentos é um dos erros mais comuns por parte dos contribuintes. Trabalhos temporários, palestras, freelas, serviços temporários devem ser informados corretamente. Se o pagador reportar os valores pagos e o declarante não informar o Fisco, pode cair na malha fina. Os valores devem ser exatamente iguais, evitando divergências no sistema da Receita. 

Despesas médicas não confirmadas: prestar atenção nos itens e serviços médicos que são dedutíveis. Itens como produtos e alguns serviços não entram na declaração como compra de óculos, vacinas, medicamentos, serviços de massagistas, nutricionistas, psicopedagogos, assistente social, entre outros. O mais importante na declaração neste campo é colocar todos os recibos ou notas fiscais com médicos, dentistas, psicólogos. Importante constar descrição de serviços, dados completos do prestador, identificação do responsável pelo pagamento, data de emissão em caso de recibos, assinatura do prestador, caso não seja nota fiscal. 

Previdência privada, aluguel e consórcios: o recebimento do aluguel deve ser declarado corretamente. Se o locador for uma empresa, os ganhos entram como rendimentos pessoa jurídica. Valores acima de R$1.903,98 devem ser pagos via Carnê-Leão. Já na previdência privada, apenas a PGBL permite dedução de até 12% da renda tributável. Na VGBL, não há possibilidade de abatimento. 

Em caso de consórcios, o contribuinte que participa de um grupo de consórcio deve registrar essas informações na declaração do IR, mesmo se não for contemplado. A orientação da Receita é que se deve informar o bem no Grupo 99 – Outros bens e direitos, sob o código 5, consórcio não contemplado. Flávio explica que para cada modalidade (não contemplados, contemplados em 2024, contratados e contemplados em 2024) existe uma especificação diferente. Na hora de preencher, deve-se prestar atenção para não colocar códigos errados. No caso de dúvida, consulte um especialista. 

Rendimento de dependentes: outro erro muito comum é na hora de declarar rendimentos dos dependentes, seja salário, seja bolsa auxílio, seja estágio, seja aposentadoria ou pensão, esses valores precisam ser declarados. É importante lembrar também que um filho não pode ser declarado por ambos os pais simultaneamente. Menezes frisa que a inconsistência de dados pode gerar dúvidas e levar à malha fina. 

Doações: nem todas as doações são dedutíveis do IR. Para serem abatidas, precisam estar dentro das conformidades exigidas por Lei (programas de renúncia fiscal do Governo Federal, como fundos para crianças, adolescentes e idosos). Segundo Vanessa Pires, CEO da Brada especialista em leis de incentivo, o ideal neste caso é utilizar a opção de doação diretamente na declaração, destinando até 3% do valor do imposto devido. Segundo Vanessa, é importante ressaltar que o programa da Receita Federal calcula automaticamente os limites nos casos de dedução do imposto devido ou de aumento da restituição. “O importante é guardar todos os comprovantes de depósitos das doações, caso seja necessário comprovar as transações posteriormente para a Receita Federal”.

Menezes ainda reforça que existem dois modelos de declaração disponíveis no site da Receita: a versão completa (detalhada) e a simplificada. Com a ajuda do especialista de sua confiança, veja qual o melhor modelo para entrega, antecipe-se e faça com calma a declaração. Uma dica importante é preencher a declaração como detalhada e deixar o programa calcular qual modelo é mais benéfico. “Faça a declaração preenchendo pelo modelo completo, colocando todas as despesas, e deixe que o próprio programa indique se o melhor é o simplificado ou completo.” 

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Instagram lança o “Edits”: ferramenta para empreendedores usarem no instagram

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A especialista Camila Silveira montou um passo a passo para usar a ferramenta

O Instagram acaba de lançar o Edits, hn  novo aplicativo de edição de vídeos, e a pergunta que todo empreendedor deveria estar se fazendo é: como eu posso usar essa novidade para impulsionar meus conteúdos, conectar com meu público e vender mais?

Epecialista em estratégias digitais e posicionamento nas redes sociais, Camila Silveira fez um guia prático e comparativo com o CapCut, o queridinho dos criadores, além de um passo a passo para aplicar hoje mesmo nos seus conteúdos.

O que é o Instagram Edits?

O Instagram Edits é um app complementar ao Instagram, focado em edições de vídeo simples, rápidas e nativas, pensado para facilitar a criação de conteúdo direto para o Reels.

Ele permite cortar, ajustar, adicionar texto, música e transições — com o diferencial de ser completamente integrado à conta do Instagram, ou seja, o conteúdo editado pode ser postado em segundos.

Comparativo: Instagram Edits x CapCut
 Economia de tempo: menos passos, mais conteúdo no ar.
        •       Interface amigável: ideal para quem ainda não domina edição.
        •       Alinhamento com o algoritmo: o Instagram tende a entregar melhor conteúdos criados “em casa”.

Desvantagens do Edits (e onde o CapCut ainda reina)
        •       Menos recursos criativos: efeitos, transições e dublagens são básicos.
        •       Sem inteligência de tendência ainda: o CapCut antecipa trends, o Edits ainda não.
        •       Dependente do Instagram: não permite reutilizar o conteúdo facilmente em outras redes.

Passo a Passo para Empreendedores Usarem o Instagram Edits AGORA
        1.      Baixe o app Instagram Edits (disponível na App Store e Google Play).
        2.      Conecte sua conta do Instagram – ele vai puxar direto seus vídeos e arquivos salvos.
        3.      Escolha seu vídeo ou grave na hora – ideal para bastidores, dicas rápidas ou depoimentos.
        4.      Edite com cortes, textos e música – mantenha o foco no conteúdo, não nos efeitos.
        5.      Adicione uma CTA (chamada para ação) como: “Clique no link da bio”, “Chame no direct” ou “Comente sua dúvida”.
        6.      Publique direto no Reels – e use as legendas estratégicas que posicionem seu negócio.
        7.      Analise o desempenho no Instagram Insights e replique os formatos que mais funcionaram.

“O Instagram Edits é uma ferramenta essencial para quem quer velocidade e consistência nos conteúdos. Se você é empreendedor e ainda sente dificuldade em editar vídeos, ele é o atalho que você precisava para começar. Mas se você busca conteúdos mais sofisticados e virais, o CapCut ainda é o líder criativo”, conclui Camila Silveira.

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